Ir além das aparências é a chave para descobrir as possibilidades do aluno e explorar todo o potencial de aprendizagem
FILME: O Homem-Elefante, dirigido por David Lynch, com Anthony Hopkins e John Hurt, 1980.
A HISTÓRIA: John Merrick (John Hurt), um desafortunado cidadão da Inglaterra vitoriana é portador do caso mais grave de neurofibromatose múltipla registrado, com 90% do corpo deformado. Ele é considerado deficiente mental e explorado em circos de aberrações até ser descoberto pelo médico Frederick Treves (Anthony Hopkins), que o leva a um hospital onde se revela um ser sensível e inteligente. Inspirado na vida de Joseph Merrick.
QUEM INDICA: O jornalista e escritor Eduardo Torelli. “Vemos que o acesso aos meios culturais é, em última instância, determinante para o modo como assimilamos o mundo - e também, para o modo como o mundo nos avalia. Apresentado como monstro circense, Merrick conquista cidadania ao revelar às pessoas certas sua inclinação natural para a música e para a poesia, que estavam aprisionadas em um exterior monstruoso”.
POR QUE VER: “A gente percebe que existe em todo ser humano uma possibilidade gigantesca. Ela pode aparecer como grotesca, como no filme, mas por trás dessa condição existe alguma coisa diferente. Ao longo do filme, nossa relação com o personagem vai mudando. Coisas feias podem se tornar belas. Causa certo interesse mágico pelo sapo que pode virar príncipe”, comenta o professor de artes, filosofia e sociologia Zilton Salgado, do Colégio Vértice, de São Paulo.
QUE BOM EXEMPLO TIRAR: “É possível enxergar nessa obra o valor da inclusão como necessidade social. Além de uma legítima ação reconstrutora da dignidade humana”, conclui Ana Lúcia Tampellini, coordenadora pedagógica da Escola São José de Vila Matilde, chamando atenção para o paralelo entre o filme e a sensibilidade necessária para lidar com estudantes portadores de necessidades especiais.
Texto escrito por Gabriel Navarro
Fonte: Educar para Crescer
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