sábado, 4 de julho de 2009

Leitura ouvida, vista ou falada

Na primeira metade do século XX, considerava-se o autor como dono absoluto dos sentidos propagados pelo texto, e ao leitor cabia detectar suas intenções (o que o autor diz?). Atualmente, o leitor é considerado, também, produtor de sentidos, relativizando os poderes autorais.

A leitura oral é feita não somente por quem lê, mas também pelos que “leem” o texto ouvindo-o. Ouvir história é uma forma de leitura. Há diferença entre ouvir a fala e ouvir a leitura. A fala (ou o contar) é espontânea, ao passo que a leitura (ou o ler) é baseada num texto escrito, que tem características próprias diferentes da fala.

A leitura visual tem a vantagem de permitir uma velocidade de leitura maior, podendo parar quando quiser e recuperar passagens lidas, na busca da compreensão do texto, buscar a entonação e o ritmo ideal para o texto a ser lido, posteriormente, de forma oral e favorecer a reflexão sobre o texto.

Quem lê para outros ouvirem ou diz de cor um texto escrito precisa de uma leitura expressiva, em que os elementos suprassegmentais e pragmáticos (fonética, ritmo, entonação, volume e qualidade da voz, contexto sociointeracionista, conhecimento prévio, de mundo, linguístico, estrutural) sejam realizados interpretativamente e de forma a agradar os ouvintes.

Os alunos precisam e devem saber que um texto pode ser lido de diversas maneiras, com muitas pronúncias, e que o dialeto muda conforme a época, a função e o destinatário. Em outras palavras, a leitura varia de acordo com o texto. Não se lê uma poesia como se lê um problema de matemática ou uma piada. A reflexão que o primeiro tipo de leitura exige é diferente da do segundo e do terceiro.

Uma forma de aprofundar a leitura é solicitar que cada aluno expresse o seu entendimento, confronte leituras, produza resumos, paráfrases ou paródias dos textos lidos.


Fonte: E-Proinfo

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