domingo, 3 de maio de 2009

Aspectos Tecnológicos da TV - Pós-Produção

A EDIÇÃO

Bem, todo o processo de pós-produção envolve basicamente a etapa de edição e suas sub-etapas de construção do material para juntar tudo em um vídeo só. O que acontece nesta etapa é unir o som com a imagem de maneira síncrona. A primeira coisa que se faz é a captura dos takes gravados.


A CAPTURA DOS TAKES
O continuísta entrega para o editor as fitas gravadas e uma lista dos takes que o diretor achou que ficaram bons. O editor, de posse destas fitas e deste documento, começa a capturar os diversos takes. Isso significa pegar a tomada que está numa fita e digitalizá-la, colocando o arquivo dentro do computador. Durante esta fase, deve-se ter o cuidado de sempre capturar pelo menos 5 segundos antes do take se iniciar e 5 segundos depois que o take terminar. Isso ajuda o editor na hora de cortar a cena, pois ele precisa de “espaço” para poder trabalhar. O editor usa então um programa de edição para colocar as tomadas na ordem do roteiro, um depois do outro. A transição de uma tomada para outra se chama corte. Em qualquer programa de edição existe uma lista enorme de opções de corte, muitos deles semelhantes àquelas animações de transição de slides de programas de apresentação de palestras. O corte mais usado é o “corte seco”. Neste, simplesmente a imagem de uma tomada termina e a primeira imagem da próxima cena aparece, sem qualquer tipo de transição.

Na fase de edição é possível, inclusive, adicionar alguns efeitos, dentre eles, o mais comum é chamado de chroma-key. Este efeito tem esse nome por que você filma um ator em fundo com uma cor básica pura (azul, vermelho ou verde), evitando ao máximo a criação de sombras. Esta cor será a cor chave (chroma-key) porque através dos programas de edição será possível eliminá-la da imagem e colocar qualquer outra coisa sem prejudicar o ator que nela está. É assim que são feitas, por exemplo, aquelas imagens dos repórteres da previsão do tempo. Deve-se ter apenas o cuidado de não usar roupas com o mesmo tom de cor do cenário, senão as cores da roupa também irão desaparecer.


O SAFE FRAME
Durante a edição é possível colocar textos ou legendas nos vídeos, cuidando para que quando o vídeo for mostrado numa TV, esta não “esconda” as bordas do quadro da imagem, como é comum acontecer. Por isso, quando for gravar, tenha em mente que 10 % das bordas não aparecem. E, para ter certeza de que os textos possam ser lidos plenamente, dos 90 % restantes, tire mais 10 %. Complicou de novo? Veja a imagem a seguir que ficará mais claro.



A linha azul é o safe frame da imagem:
- A imagem que estiver FORA da linha azul NÃO APARECE na TV
- A imagem que estiver DENTRO da linha azul APARECE na TV
A linha laranja é o safe frame de textos e legendas:
- O texto que estiver FORA da linha laranja NÃO APARECE na TV


A BANDA SONORA
O som é dividido em diálogos, trilha sonora e ruídos de sala. Os diálogos são os sons produzidos pela voz humana. Podem ser tanto os gravados na cena (chamados de som direto) quanto os de narração, que são gravados depois. A trilha sonora é a parte musical de um vídeo. Ela aumenta a carga dramática de uma cena. É muito importante pois dá vida ao seu vídeo, e pode, por exemplo, ressaltar uma imagem importante. Por último, vêm os ruídos de sala que são os efeitos sonoros. Um bater de porta, a água de um rio passando na margem, os passos de um homem, são todos exemplos de ruídos de sala que são feitos depois que o vídeo está pronto. Esses sons não são gravados na mesma hora da cena, podem ser feitos imediatamente após a gravação ou depois numa sala própria para isso.


OS CODECS
CODEC é um termo que significa COmpression/DECompression. É um algoritmo que diz para o computador como este arquivo foi armazenado e como ele deve ser lido. A imagem em si precisa de muita memória para ser manipulada e o codec veio para diminuir o tamanho do vídeo facilitando o seu transporte.

Existem diversos codecs disponíveis, alguns gratuitos, outros não, mas a maioria é derivada do codec mais utilizado que é o MPEG. Ele se tornou padrão em diversas áreas onde se usa vídeo digital. Arquivos do tipo VCD e SVCD usam o padrão MPEG-1. Já os DVD de filmes que alugamos em locadoras é o MPEG-2. Atualmente, o codec DIVx é largamente usado para arquivos de internet. Este é uma variação do MPEG-4. Um outro codec é o XVID que é uma resposta ao DIVx. A diferença entre um e outro é que para usar o DIVx em seus equipamentos os fabricantes de hardware precisam pagar royalties, enquanto que o XVID é gratuito. Já existem DVD-players que lêem além do MPEG-2, o DIVx.


E PARA ENCERRAR ESTE TÓPICO
Para ilustrar os conhecimentos abordados no tópico Aspectos Tecnológicos da TV, assista ao vídeo extraído do Curso de Extensão “TV na Escola e Os Desafios de Hoje”, onde os depoentes comentam sobre os processos de produção de um vídeo educativo.

Os conceitos vistos acima são muito importantes para o processo de edição de um vídeo. Hoje, com a utilização de Vídeo Digital e o aumento do poder de processamento dos microcomputadores, é possível fazer pequenas edições de vídeo que geram efeitos muito interessantes. Por exemplo, seria possível que diversos grupos de alunos fizessem filmagens diferentes de um mesmo documentário e tais filmagens fossem unificadas utilizando um software como o VirtualDub. Experimente utilizá-lo, ele é gratuito. Outra opção que vem com o sistema operacional Windows XP HomeEdition é o Windows Movie Maker. Por fim, temos o Adobe Premiere, um software comercial muito poderoso para edição de vídeo, que é utilizado por muitos profissionais da área.

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