sábado, 2 de maio de 2009

Televisão e Escola

É preciso estar criticamente atento a todo e qualquer conteúdo veiculado pelos meios de comunicação de massa (MCM). Consideramos que aqui está um papel fundamental da escola em relação a esses meios de comunicação: a de formar cidadãos críticos, capazes de reelaborar o mundo de informações advindas dos MCM, aqui figurando principalmente a televisão.

Televisão e escola têm aproximações, embora seus papéis na sociedade sejam distintos. A televisão detém um grande potencial de comunicação, razão pela qual se torna um lugar do saber. A escola não centraliza mais a transmissão do saber e da cultura como fazia no passado, mas, por outro lado, cabe a ela a formação integral do aluno, na infância e na adolescência.

A experiência televisiva faz parte do cotidiano de professores e alunos. A escola, como lugar onde não só se deve reproduzir conhecimentos, mas também desenvolver a competência para produzi-los, tem, com base nesta premissa, motivos mais que suficientes para tratar essa experiência criticamente, enriquecendo seu próprio fazer pedagógico.

A civilização atual vive mergulhada no ritmo alucinante do mundo das imagens. O homem moderno, em constante contato com os meios de comunicação de massa, percebe que ele não está sozinho, onde quer que ele se encontre, aonde quer que ele vá, pois se envolve comumente em algum processo mediatizado de comunicação.


A Televisão e a Sociedade Pós-Moderna

Os jovens de hoje estabelecem íntimo e envolvente contato com a televisão e com o vídeo, fruto de sua vivência doméstica. Há um lugar, entretanto, em que tal contato deveria se estabelecer de maneira objetiva e inteligente, mediante o devido preparo para isso: a escola. Há carência da integração do uso desses meios em projetos pedagógicos consistentes, em integração com o currículo escolar. Curiosamente, muitas vezes não se tem tal preocupação, pois se confia no modo corrente de utilização desses meios, tal como se dá fora da escola. Eis aqui um grande equívoco, com os riscos de desvirtuar a natureza dos próprios meios e também prejudicar o trabalho pedagógico em prejuízo do aluno.

A nova escola deve, portanto, ultrapassar o costume de utilizar a televisão como mera instrumentalidade, o que reduz as possibilidades de sua utilização como verdadeiro recurso didático-pedagógico. Para tanto, é preciso conhecer a televisão em seus próprios fundamentos.


Alunos e professores como autores

Comumente, o que se vê é a utilização da televisão e do vídeo sem muita propriedade, em ilustrações de aulas tradicionais, ou como modismo, fazendo parte de práticas pedagógicas arcaicas, assim revestidas de pseudo-atualidade.

E qual o papel do professor no desenvolvimento de uma nova prática de construção do saber? Uma vez que o professor queira uma escola comprometida com o seu tempo, deve o professor deixar de trabalhar para o fomento de práticas escolares baseadas na memorização, sobretudo. Deve ser ele o mediador de um processo que leve o aluno ao uso pleno de sua capacidade criativa. Assim, então, deixará o professor de ser mero repassador de informações.

Fonte: E-Proinfo

Um comentário:

  1. Sempre achei a televisão um meio de comunicação favorável a educação, as vezes não utilizamos por falta de planejamento, mas acredito no sucesso de qualquer projeto com uso desta tecnologia.

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