quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Informação e comunicação na educação


José Manuel Moran

Comunicamo-nos, dentro e fora da sala de aula, porque temos carências, porque precisamos de muitas informações, de compreender o mundo, os outros e a nós mesmos. Comunicamo-nos para conseguir tornarmo-nos mais humanos, mais equilibrados, abertos, sensíveis, positivos. Comunicamo -nos para aprender, para desenvolver nossas melhores qualidades pessoais, profissionais, emocionais, familiares, estéticas. Comunicamo -nos na busca de integrar o eu dividido, as tensões que nos dispersam, os antagonismos que nos puxam em várias direções.

Comunicamo-nos para fugir da solidão, porque nos sentimos sós, profundamente sós nos momentos decisivos - ao nascer, ao morrer e diante das muitas escolhas que vamos realizando ao longo da vida.

Comunicamo-nos para sentir o prazer de estarmos juntos; para realizar-nos em todos os níveis possíveis - no emocional, no intelectual, no familiar, no profissional. Comunicamo-nos para mostrar aos outros que temos valor e para sentir-nos valorizados, acolhidos, produtivos.

Comunicamo-nos porque experimentamos medos, desejos perturbadores, violências externas e internas. Comunicamo -nos para ver se as outras pessoas – professores, colegas, pais, encontraram mais respostas, se podem iluminar o nosso caminho, se conseguem compartilhar conosco um pouco de calor, de afeto, de apoio mútuo, já que todos, de alguma maneira, nos sentimos desorientados.

Pela comunicação procuramos estruturar, organizar o caos pessoal - as incertezas de cada um, as nossas contradições. Procuramos também estruturar, organizar o caos grupal, as incertezas nas relações interpessoais, nas múltiplas interações de grupos pequenos e grandes, sólidos e mutáveis, masculinos e femininos, reconhecidos e desconhecidos, conservadores e inovadores. Também procuramos compreender o “caos social”, a complexidade das interações estruturais, as interrelações entre o local, o nacional e o internacional, entre o pequeno e o grande, entre o universo masculino e o feminino, da criança e do adulto, da cultura erudita e a popular, entre o trabalho e o lazer, entre o material e o espiritual, entre o passado, o presente e o futuro. A comunicação nos ajuda a criar balizas, pontos de referência para perceber, julgar, agir. Nos ajuda a tornar-nos visíveis para os outros e a encontrar o nosso espaço pessoal, profissional e emocional diante dos demais.

Sempre estamos nos comunicando. Direta ou indiretamente. Por trás dos livros, da tela de cinema, da televisão, da tela do computador há comunicação entre pessoas. Por trás das máquinas, das mídias, há pessoas - ou programas feitos por pessoas - que se comunicam conosco, em tempo real (online) ou não, de forma visível ou virtual.

A comunicação clara e ambígua na educação

Já percebeu que há diferenças nas formas de comunicar-nos? Algumas delas expressam claramente a mensagem (o que querem dizer) e a intenção de quem está falando. Há outras, que deixam o outro confuso ou porque as mensagens admitem várias interpretações ou porque não conseguimos ter certeza das reais intenções de quem está falando.

É freqüente haver falhas de comunicação da intenção. Professores muito controlados, “secos”, que sentem dificuldades em abraçar, em expressar emoções, têm mais dificuldades em fazer passar aos seus alunos o seu afeto real e toda a sua riqueza interior.

Para que os alunos tenham certeza do que comunicamos, é extremamente importante que haja sintonia entre a comunicação verbal, a falada e a não verbal, a comunicação gestual, a que passa pela inflexão sonora, pelo olhar, pelos gestos corporais de aproximação ou afastamento. As pessoas que tiveram uma educação emocional mais rígida, menos afetiva, costumam ter dificuldades também em expressar suas reais intenções, em comunicar-se com clareza. Costumam expressar-se de forma ambígua, utilizam recursos retóricos como a ironia, o duplo sentido, o que deixa confusos os ouvintes, sem conseguir decifrar o alcance total das intenções do comunicador.

A “comunicação” pedagógica autoritária e a participativa

Nos diversos grupos e organizações em que participamos - principalmente os familiares, os educacionais e os profissionais - encontramos formas de gerenciamento diferentes, umas tendendo mais para o autoritarismo, o controle pessoal ou burocrático, e outras, para a participação.

No gerenciamento autoritário tudo se subordina ao controle. O controle pode ser pessoal - alguém centraliza as decisões principais - ou burocrático - a estrutura é hierárquica e só a cúpula decide; os escalões intermediários executam o que vem de cima e têm pequeno grau de autonomia.

Há uma interação autoritária explícita, clara e outra, implícita, camuflada. A maior parte das interações autoritárias é disfarçada. A implícita é mais difícil de perceber, porque vem camuflada dentro de uma roupagem participativa, que convida para a colaboração, o que a assemelha, num primeiro momento, à interação real.

Normalmente ninguém quer mostrar-se impositivo. Os maiores ditadores justificam sua truculência com uma linguagem triunfalista, cheia de promessas, de realizações, de paternalismo. Decidem por nós. “Sabem o que é melhor para nós”. E disfarçam a dominação com apelos afetivos ao patriotismo, à grandeza, à “mãe pátria”. Em outras instâncias, como a familiar e a educacional, o autoritarismo se mascara mediante expressões afetivas de interesse pelo filho, pelo aluno, pelo uso de diminutivos carinhosos, pela bajulação. É uma fala que simula interação, preocupação e escamoteia todos os mecanismos de controle.

Em um colégio importante de São Paulo, do que mais reclamavam os alunos não era das aulas, mas da diferença entre o discurso liberal, participativo dos diretores e professores e a prática disfarçadamente autoritária. Os alunos constatavam que o que eles falavam não tinha repercussão real. As reuniões eram mais formais do que efetivas, eram mais para apresentar decisões prévias do que para buscar soluções em conjunto. Por que a reclamação dos alunos? Quais os efeitos desse tipo de interação? As interações autoritárias camufladas perpetuam o controle e dificultam a nossa evolução pessoal, grupal e institucional.

No gerenciamento participativo, de um lado há organização: códigos, estruturas, esquemas, limites, normas claras e implícitas, hierarquia; de outro, essa organização é flexível, se adapta às circunstâncias, confia nas pessoas, apóia inovações, desburocratiza os procedimentos, trabalha de forma sinérgica. O gerenciamento participativo pode acontecer em grupos menores, como o familiar, assim como em grupos maiores como em escolas e empresas, com vários níveis de interação, de comunicação aberta.

Na comunicação participativa professores e alunos estão abertos e querem trocar idéias, vivências, experiências, das quais ambos saem enriquecidos. A fala é franca, objetiva, participativa. Há graus diferentes de interação real e de comunicação, mas o importante é essa atitude de busca, de querer comunicar-se, de trocar, crescer, dentro de limites negociados ou estabelecidos.

As organizações são compostas por pessoas. Quanto mais evoluem as pessoas, mais evoluem as organizações.

Dica:
Veja o conceito de organizações que aprendem em Peter Senge, A quinta disciplina; Arte, teoria e prática da organização de aprendizagem. São Paulo, Editora Best Seller, 1990

Professores mais abertos, confiantes, bem resolvidos podem compreender melhor e implantar novas formas de relacionamento, de cooperação no processo de ensinar e aprender. Estão atentos para o novo, conseguem ouvir os outros e expressar-se de forma clara, não ficam ressentidos porque suas idéias não foram eventualmente aceitas. Cooperam em projetos que foram decididos democraticamente, mesmo que não coincidam com todos os seus pontos de vista.

As organizações educacionais e outras como as empresas são como as pessoas. Encontramos organizações mesquinhas, fechadas, autoritárias, voltadas para o passado, que repetem rotinas, que são incapazes de evoluir. Existem outras organizações que evoluem perifericamente, que só fazem mudanças cosméticas, de fachada, de marketing, sem mexer no essencial. Existem também organizações volúveis, que mudam de acordo com as modas do momento, com os gurus de plantão, que adotam criticamente as novidades, as últimas tecnologias. Há, finalmente, organizações que possuem uma visão integrada, aberta, flexível das pessoas, dos seus objetivos, do seu futuro. Organizações interessantes são as que vêem, em cada problema, um desafio. Organizações problemáticas são as que enxergam mais os problemas do que as oportunidades e fazem destas novos problemas.

Em que tipo de organização você se encontra?
O que a tem feito assim?
Que contribuição você tem dado para isto?
Há necessidade de mudanças?
Como então torná-la ainda melhor?
O que você pode fazer para isto?

Todos os grupos e instituições, que evoluem e crescem, trazem consigo formas de integrar organização e criação, normas e liberdade, autoridade e confiança. As organizações que mais evoluem são as que reúnem pessoas abertas, que sabem gerenciar seus conflitos pessoais, que sabem comunicar-se e aprender.

Pessoas maduras, abertas – diretores, coordenadores, professores,
funcionários - são os responsáveis pelas mudanças necessárias nas
organizações educacionais.

O autoritarismo da maior parte das relações humanas interpessoais, grupais e organizacionais espelha o estágio atrasado em que nos encontramos individual e coletivamente de desenvolvimento humano, de equilíbrio pessoal, de amadurecimento social. E somente podemos educar para a autonomia, para a liberdade com processos fundamentalmente participativos, interativos, libertadores, que respeitem as diferenças, que incentivem, que apóiem, orientados por pessoas e organizações livres, não é mesmo?

Que fatores contribuem para as necessárias mudanças na educação? Essas dependem, em primeiro lugar, de termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos
enriquecidos.

O educador autêntico é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao mesmo tempo está atento ao que não sabe, ao novo. Mostra para o aluno a complexidade do aprender, a nossa ignorância, as nossas dificuldades. Ensina, aprendendo a relativizar, a valorizar a diferença, a aceitar o provisório. Aprender é passar da incerteza a uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e a novas sínteses.

Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir. São um poço inesgotável de descobertas. Enquanto isso, boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repete fórmulas, sínteses. São docentes "papagaios", que repetem o que lêem e ouvem, que se deixam levar pela última moda intelectual, sem questioná-la.

É importante termos educadores/pais com um amadurecimento intelectual, emocional, comunicacional e ético, que facilite todo o processo de organizar a aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação.

Dica:
Além dos autores e livros indicados anteriormente é importante consultar o livro Reinventando la educación; Nuevas formas de gestión de las instituciones educativas, coordenado por Louis V. Gerstner. Barcelona, Paidós, 1996.

Por que se diz que a escola está atrasada? Por várias razões. Ela está atrasada em relação aos avanços da ciência, pois se ensina o que já está aceito, cristalizado. Está atrasada na adoção de tecnologias, porque são vistas com desconfiança. Também são muito caras, principalmente nos primeiros tempos e há, ainda, medo de que venham a ocupar o lugar do professor. Uns as adotam de forma acrítica, pensando que vão resolver mil problemas. Servem mais como marketing do que como meios de avançar no ensino-aprendizagem. A maioria vai adiando o máximo que pode o domínio das tecnologias ou costuma utilizá-las de forma superficial. A escola se insere, também, numa perspectiva de futuro, mas tem dificuldades em enfrentá-lo, porque é difícil prever as mudanças que os alunos terão que enfrentar em todas as dimensões das suas vidas nos próximos anos.

Temos dado muita ênfase na educação à mudança de currículos, a conteúdos programáticos e pouca, a essa dimensão mais integrada de conhecimento. Ajudar a conhecer e a comunicar-se implica em ampliar o nosso conhecimento do conteúdo e nossas formas de interagir com ele.

Predomina ainda a ênfase no conteúdo racional e passado pelo professor. Aprenderemos mais integrando os conteúdos e as habilidades; a lógica e o afeto; o sensorial, o emocional e o racional; o passado e o presente. E, também, dando um peso significativo à comunicação: como dizer o que entendemos, como comunicar aos outros a nossa percepção e visão do mundo.

É importante compatibilizar os objetivos sociais, grupais e os pessoais. Há momentos em que enfatizamos mais os individuais (quando pedimos sugestões ou que os alunos relacionem uma determinada atividade com a sua vida). Em outros momentos predominam os objetivos grupais (o que é importante para este grupo). Em outros, os sociais: o que a sociedade espera deste grupo, nesta situação (por exemplo, o que a sociedade espera de um aluno que passa oito anos no ensino fundamental).

Caminhos que facilitam a aprendizagem

Podemos extrair alguma informação ou experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, para confirmar o que já sabemos, para rejeitar determinadas visões de mundo, para incorporar novos pontos de vista.

O conhecimento se dá fundamentalmente no processo de interação, de comunicação.

A informação é o primeiro passo para conhecer. Por que falamos isso? Porque a informação é o resultado da organização de dados que estavam soltos, de oferecer algum tipo de estrutura que facilite a sua compreensão. Conhecimento é o processo de percepção, decodificação, compreensão e incorporação de algumas informações, que se tornam significativas para cada um de nós. O que é conhecer? Conhecer é relacionar, integrar, contextualizar, fazer nosso o que vem de fora. Conhecer é saber, é desvendar, é ir além da superfície, do previsível, da exterioridade. Conhecer é aprofundar os níveis de descoberta, é penetrar mais fundo nas coisas, na realidade, no nosso interior. Sabedoria é o conhecimento percebido dentro de um contexto ético, o conhecimento de quem assume a honestidade intelectual, emocional e de comportamento como atitude fundamental.

É um conhecimento que transforma, não só que se acumula. Conhecer é conseguir chegar ao nível da sabedoria, da integração total, da percepção da grande síntese, que se consegue ao comunicar-se com uma nova visão do mundo, das pessoas e com o mergulho profundo no nosso eu. O conhecimento se dá no processo rico de interação externo e interno. Pela comunicação aberta e confiante desenvolvemos contínuos e inesgotáveis processos de aprofundamento dos níveis de conhecimento pessoal, comunitário e social.

Conseguimos compreender melhor o mundo e os outros, equilibrando os processos de interação e de interiorização. Pela interação entramos em contato com tudo o que nos rodeia; captamos as mensagens, nos revelamos e ampliamos a percepção externa. Mas a compreensão só se completa com a interiorização, com o processo de síntese pessoal, de reelaboração de tudo o que captamos através da interação. Temos muitas chances de interagir, de buscar novas informações. Somos solicitados continuamente a ver novas coisas, a encontrar novas pessoas, a ler novos textos. A sociedade - principalmente pelos meios de comunicação - nos puxa em direção ao externo e não há a mesma preocupação em equilibrar a saída para o mundo com a interiorização, com o ambiente de calma, meditação e paz necessários para reencontrar-nos, para aceitar-nos, para elaborar novas sínteses. Hoje há mais pessoas voltadas para fora do que para dentro de si, mais repetidoras do que criadoras, mais desorientadas do que integradas.

Interagiremos melhor se soubermos também interio rizar, se encontrarmos formas mais ricas de compreensão, que levará para novos momentos de interação. Se equilibramos o interagir e o interiorizar conseguiremos avançar mais, compreender melhor o que nos rodeia, o que somos; conseguiremos levar ao outro novas sínteses e não sermos só papagaios, repetidores do que ouvimos.

Um dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação significativa, a escolher as informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e a torná-las parte do nosso referencial.

Que fatores podem nos levar a aprender melhor e de forma mais prazerosa? Aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos. Aprendemos quando relacionamos, estabelecemos vínculos, laços entre o que estava solto, caótico, disperso, integrando-o em um novo contexto, dando-lhe significado, encontrando um novo sentido.

Aprendemos quando descobrimos novas dimensões de significação que antes se nos escapavam, quando vamos ampliando o círculo de compreensão do que nos rodeia, quando como numa cebola, vamos descascando novas camadas que antes permaneciam ocultas à nossa percepção, o que nos faz perceber de uma outra forma. Aprendemos mais quando estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação, entre a experiência e a conceituação, entre a teoria e a prática; quando ambas se alimentam mutuamente.

Aprendemos quando equilibramos e integramos o sensorial, o racional, o emocional, o ético, o pessoal e o social.

Aprendemos pelo pensamento divergente, através da tensão, da busca e pela convergência – pela organização, integração.

Aprendemos pela concentração em temas ou objetivos definidos ou pela atenção difusa, quando estamos de antenas ligadas, atentos ao que acontece ao nosso lado.

Aprendemos quando perguntamos, questionamos, quando estamos atentos, de antenas ligadas.

Aprendemos quando interagimos com os outros e o mundo e depois, quando interiorizamos, quando nos voltamos para dentro, fazendo nossa própria síntese, nosso reencontro do mundo exterior com a nossa reelaboração pessoal.

Aprendemos pelo interesse, necessidade. Aprendemos mais facilmente quando percebemos o objetivo, a utilidade de algo, quando nos traz vantagens perceptíveis. Se precisamos comunicar-nos em inglês pela Internet ou viajar para fora do país, o desejo de aprender inglês aumenta e facilita a aprendizagem dessa
língua.

Aprendemos pela criação de hábitos, pela automatização de processos, pela repetição. Ensinar se torna mais duradouro, se conseguimos que os outros repitam processos desejados. Ex. ler textos com freqüência, facilita que a leitura faça parte do nosso dia a dia. Nossa resistência a ler vai diminuindo.

Aprendemos pela credibilidade que alguém nos merece. A mesma mensagem dita por uma pessoa ou por outra pode ter pesos bem diferentes, dependendo de quem fala e de como o faz. Aprendemos também pelo estímulo, motivação de alguém que nos mostra que vale a pena investir num determinado programa, curso. Um professor que transmite credibilidade facilita a comunicação com os alunos e a disposição para aprender.

Aprendemos pelo prazer, porque gostamos de um assunto, de uma mídia, de uma pessoa. O jogo, o ambiente agradável, o estímulo positivo podem facilitar a aprendizagem.

Aprendemos mais, quando conseguimos juntar todos os fatores: temos interesse, motivação clara; desenvolvemos hábitos que facilitam o processo de aprendizagem; e sentimos prazer no que estudamos e na forma de fazê-lo.

Aprendemos realmente quando conseguirmos transformar nossa vida em um processo permanente, paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem. Processo permanente, porque nunca acaba. Paciente, porque os resultados nem sempre aparecem imediatamente e sempre se modificam. Confiante, porque aprendemos mais se temos uma atitude confiante, positiva diante da vida, do mundo e de nós mesmos. Processo afetuoso, impregnado de carinho, de ternura, de compreensão, porque nos faz avançar muito mais.

A Internet e demais tecnologias nos ajudam a realizar o que já fazemos ou que desejamos. Se somos pessoas abertas, nos ajuda a ampliar a nossa comunicação; se somos fechados, contribui para controlar mais. Se temos propostas inovadoras, facilita a mudança.

Com ou sem tecnologias avançadas podemos vivenciar processos participativos de compartilhamento de ensinar e aprender (poder distribuído) através da comunicação mais aberta, confiante, de motivação constante, de integração de todas as possibilidades da aula-pesquisa/aula-comunicação, num processo dinâmico e amplo de informação inovadora, reelaborada pessoalmente e em grupo, de integração do objeto de estudo em todas as dimensões pessoais: cognitivas, emotivas, sociais, éticas e utilizando todas as habilidades disponíveis do professor e do aluno.

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